Por Gabriel Tagarro
Filmes que narram o fim dos tempos estão se tornando cada vez mais rotineiros, seja através de desastres naturais ou vírus letais que são capazes de dizimar toda a população mundial. Claro que algumas dessas formas de abordar o apocalipse podem se mostrar extremamente fantasiosas, porém, em meio a tantos títulos, Contágio, se mostra um filme realista, que possui uma trama consistente e que realmente é capaz de nos assustar.
Além de mostrar o caos que se desenrola em todos os cantos do planeta, que envolve nações, potências mundiais e epidemiologistas, o filme de Steven Sorderbergh faz questão de contar a história de alguns indivíduos e seus problemas individuais, que acabam sendo acentuados em consequência de tudo que acontece ao redor. Confesso que as cenas onde são retratadas as formas de contágio, a disseminação em ambientes públicos e todo o processo que levam as pessoas contaminadas a óbito me deixaram um pouco agoniado. A sala de cinema se tornou um ambiente não muito agradável quando o desconhecido sentado ao meu lado espirrava e na telona alguém morria depois que apresentava esse sintoma. Acredito que esse, talvez, tenha sido um dos objetivos da trama que com certeza é ótima. Realista e ao mesmo tempo alarmante, o filme mostra que o protagonista invisível, o vírus, é capaz de levar toda a raça à extinção, porém, são os pequenos dramas que se mostram mais comoventes e são capazes de nos tocar individualmente.
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